Minha Primeira Louis Vuitton

Acreditem, não são todas as pessoas que podem comprar um artigo de luxo a cada virada de estação. E para algumas outras a conquista da tão sonhada bolsa de grife não tem nada haver com ostentação e sim a realização de um sonho, por que não?!

Louis-Vuitton-Beaubourg-Canvas-Damier-Ebene

Quando comprei a minha primeira Louis Vuitton não foi algo: Quero ter uma LV, vou entrar na loja e ver a que mais combina comigo. – Muito pelo contrario, foi uma bolsa que eu almejava à algum tempo. Todas as vezes que passeava no shopping Cidade Jardim ou Iguatemi eu namorava a bolsa na vitrine.

Sabe amor à primeira vista? Só não foi o meu caso pois quando bati o olho no preço tomei um susto… hehehehe. Mas se não fosse um custo tão assustador, teria sido um amor arrebatador! rs Ps: Assustador pela minha realidade financeira na época. 😦

Pensei, pensei, pensei… Alguns amigos aconselharam: Mas é muito caro! Gaste esse dinheiro com outra coisa. – Mas foi o que a minha prima Dani disse que me deu o estalo que estava precisando: Não deixe de realizar seu sonho e de conquistar o que você quer.

Sim! Realizei meu sonho de comprar a Beaubourg Canvas Damier Ebene que foi criada originalmente em 1888 e relançada em 1996, tornando-se um dos clássicos da LV e hoje é uma bolsa atemporal da marca francesa (imagem da bolsa em HQ). E lembro-me como se fosse hoje quando mostrei para minha mãe, ela chorou… Só não sei se foi pelo preço que paguei ou se foi pela minha conquista! rs

Brincadeiras à parte… Essa bolsa têm um significado muito grande pra mim. Na época que comprei eu tinha acabado de ser mandado embora de uma empresa que trabalhei por 11 anos, estava finalizando a minha faculdade e trançando novos desafios no mundo da publicidade. Ela simplesmente representava de onde eu saí, onde eu estava e para onde eu queria ir. I ❤ LV!

O Mundo da Futilidade

Estamos envoltos em um mundo de coisas indispensáveis, e por menos fúteis que achamos que somos, uma hora ou outra acabamos escorregando. Ninguém vive sem uma futilidade. Algumas vezes elas são “gritantes” e em outros momentos nem percebemos.

Na TV somos bombardeados por diversos realitys shows, alguns dos programas colocam as pessoas à viver uma vida desumana, outros deixam confinados um grupo de pessoas , e a maioria mostra o dia-a-dia de celebridades ou pessoas anônimas com suas familiares. Eu adoro realitys shows! Confesso que essa seja a minha futilidade preferida, mas tenho outras também. rs

Ja na internet, acredite se quiser… Compartilhar sua vida, seus afazeres, o que gosta, com quem você sai, tudo em redes sociais é uma futilidade do mundo moderno que nem percebemos que fazemos. Você pode dizer: Gosto de registrar o momento. Mas a partir do momento que você torna isso público, até mesmo para os seus amigos, você começa a ser assistido, comentado e algumas vezes até criticado, virando um ciclo fútil, de uma certa forma um reality.

Eu acho tudo válido! Só não sou a favor da futilidade que deixa a pessoa alienada. Exemplo: Eu preciso ter aquela bolsa de grife para poder me enquadrar em um nixo; Eu preciso de dois carros com placas diferentes por causa do rodízio; Eu adoro água S. Pellegrino (antes que falem de minha pessoa, eu tomo outras águas também).

As pessoas também têm que ter o discernimento entre futilidade e gostar de coisas que para algumas são indispensáveis. Muitas vezes uma pessoa gosta de vestir e comer/beber coisas melhores pois tem um poder aquisitivo maior ou um paladar refinado e isso não é motivo para elas serem taxadas como fúteis. Mas água não é água? Não é tudo igual? Pelo incrível que pareça, não!

Eu adoro o BBB (Big Brother Brasil), as lindas Kardashians, Kendra! Ah! Têm também Girls Of Playboy Mansion e Kimora. São programas que gosto de assistir no meu horário de lazer, só que não definem o meu caráter. Você nunca me viu em rede social discutindo quem vai ganhar o BBB e nem vai ver.

Se no vocabulário a palavra “Fútil” significa: falta de valor, sem importância, vulgar, banal, sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio. O que iremos fazer com a globalização? Com a internet? Com o poder de ter tudo na palma da mão na hora que quiser e como quiser? Creio que hoje a palavra futilidade deveria entrar no patamar da palavra “gosto“. Cada um têm o seu. O que é fútil para mim, pode ser uma necessidade para você. #ThinkAbout