I Am Cait

Ontem, com um pouco de atraso, pude conferir o último EP da série-documentário “I Am Cait” (Canal E!, 23:00hs) que acompanha a transição de gênero de Caitlyn Jenner, mais famoso como Bruce Jenner, atleta olímpica que era é nada mais nada menos que o “step-patriarca” da famosa família Kardashian.

Reality-Show-I-Am-Cait-02Claro, tudo que gira em torno da família mais famosa da TV mundial gera um questionamento. “Será que é publicidade?“, “Será essa mais uma maneira de ganhar dinheiro?“. Assistindo à anos o reality-show e vendo a história da família se desenrolar entre casamentos, filhos, dinheiro, lojas, festas, brigas e tensões, o que de uma certa forma parece ser um pouco banal para quem esta de fora olhando, quem de fato tinha uma verdadeira história para ser contada e que estava ali guardada e escondida à sete chaves, era Bruce Jenner.

O que mais me tocou na série foi a transparência como tudo foi contado, esqueça o sensacionalismo que esperamos do clã Kardashian, tudo é muito simples, sensível, direto e emocionante. Coloque-se no lugar de uma pessoa de 65 anos que viveu um personagem e se transvestia por todo esse tempo. Já imaginou a dor dessa pessoa ao se olhar no espelho e não se enxergar. Não ver quem realmente é? A série tem suas particularidades e a principal delas é mostrar um mundo novo, não apenas para Caitlyn que desbrava tudo com garra e força, e isso é perceptível até nos momentos de fraqueza, como também para nós telespectadores.

A série mostra toda a preocupação de Caitlyn com as transexuais e sua comunidade e o primeiro contato dela com membros de sua família e amigos já como mulher. Os momentos tensos e emocionantes ficaram no reencontro com sua ex-esposa, Kris Jenner, e sua mãe Esther Jenner. “Estava muito orgulhosa do Bruce, quando ele subiu naquele pódio para receber a medalha de ouro em Montreal. Estava emocionada. A bandeira americana estava sendo erguida e pensei que nunca mais ficaria tão orgulhosa dele. E quer saber? Eu estava errada. Porque eu estou mais orgulhosa dele agora, pela coragem que ele demonstrou. Amei-o com todo o meu coração e certamente a amo com todo meu coração.” disse Esther.

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A série esta sendo reprisada e vale à pena conferir, existem também sites que disponibilizam os episódios para download (olha que erro meu dizer/linkar/compartilhar sites de downloads), o que importa nesse momento é compartilhar o conteúdo. Permita-se a conhecer as pessoas do nosso mundo, e descubra que existe lugar para todos, indiferente do gênero, opção sexual, etnia ou religião. E uma salva para essa nova mulher, Caitlyn Marie Jenner.

O Mundo da Futilidade

Estamos envoltos em um mundo de coisas indispensáveis, e por menos fúteis que achamos que somos, uma hora ou outra acabamos escorregando. Ninguém vive sem uma futilidade. Algumas vezes elas são “gritantes” e em outros momentos nem percebemos.

Na TV somos bombardeados por diversos realitys shows, alguns dos programas colocam as pessoas à viver uma vida desumana, outros deixam confinados um grupo de pessoas , e a maioria mostra o dia-a-dia de celebridades ou pessoas anônimas com suas familiares. Eu adoro realitys shows! Confesso que essa seja a minha futilidade preferida, mas tenho outras também. rs

Ja na internet, acredite se quiser… Compartilhar sua vida, seus afazeres, o que gosta, com quem você sai, tudo em redes sociais é uma futilidade do mundo moderno que nem percebemos que fazemos. Você pode dizer: Gosto de registrar o momento. Mas a partir do momento que você torna isso público, até mesmo para os seus amigos, você começa a ser assistido, comentado e algumas vezes até criticado, virando um ciclo fútil, de uma certa forma um reality.

Eu acho tudo válido! Só não sou a favor da futilidade que deixa a pessoa alienada. Exemplo: Eu preciso ter aquela bolsa de grife para poder me enquadrar em um nixo; Eu preciso de dois carros com placas diferentes por causa do rodízio; Eu adoro água S. Pellegrino (antes que falem de minha pessoa, eu tomo outras águas também).

As pessoas também têm que ter o discernimento entre futilidade e gostar de coisas que para algumas são indispensáveis. Muitas vezes uma pessoa gosta de vestir e comer/beber coisas melhores pois tem um poder aquisitivo maior ou um paladar refinado e isso não é motivo para elas serem taxadas como fúteis. Mas água não é água? Não é tudo igual? Pelo incrível que pareça, não!

Eu adoro o BBB (Big Brother Brasil), as lindas Kardashians, Kendra! Ah! Têm também Girls Of Playboy Mansion e Kimora. São programas que gosto de assistir no meu horário de lazer, só que não definem o meu caráter. Você nunca me viu em rede social discutindo quem vai ganhar o BBB e nem vai ver.

Se no vocabulário a palavra “Fútil” significa: falta de valor, sem importância, vulgar, banal, sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio. O que iremos fazer com a globalização? Com a internet? Com o poder de ter tudo na palma da mão na hora que quiser e como quiser? Creio que hoje a palavra futilidade deveria entrar no patamar da palavra “gosto“. Cada um têm o seu. O que é fútil para mim, pode ser uma necessidade para você. #ThinkAbout