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Livro: One Man Guy – Michael Barakiva
Pra comemorar o dia nacional do livro, a dica de leitura desse mês tem muito amor envolvido. 😀 Diversas vezes já comentei em alguns blogs que existem livros que já se vendem pela capa, e como não gosto de ficar lendo sinopse, a ideia é ser surpreendido. E foi o que aconteceu com “One Man Guy” do Michael Barakiva.
O livro conta a história de Alek Khederian, garoto armênio que mora em New Jersey e Ethan Novick, rapaz descolado, confiante e irreverente que estuda no mesmo colégio. Os dois vivem em mundos completamente diferentes, o que chega a ser fascinante para Alek que não consegue acreditar que um cara tão legal quer ser o seu amigo ou, mais do que isso. Fazendo assim nascer um novo sentimento, doce, ingênuo e completamente puro.
A historia é super envolvente, engraçada e não chega à ser um romance tenso. Tudo muito bem dosado e o mais bacana é que conhecemos um pouco sobre a cultura armênia, relacionamentos homo afetivo, preconceito e o genocídio. Mas a leitura super fácil!
Uma parte que achei bacana do livro é quando Ethan diz para Alek: “… Meu jovem, em certo ponto da vida, você vai aprender que tem uma diferença entre o que você tem de fazer e o que quer fazer. E, quanto mais cedo começar a escolher o que quer em vez de o que tem que fazer, mais feliz você vai ser.”.
Como ambos estão na fase do crescimento, das transições, das escolhas, nós como telespectadores da história nos envolvemos intensamente, e apesar de ser um livro para adolescente, alguns diálogos e pensamentos são bem precoces para a idade dos protagonistas. Por isso acredito que o livro não tenha fronteira, vale a leitura independente da idade!
“Só sei que gosto de estar aqui com você e não consigo me imaginar querendo mais ninguém. Isso basta pra você?” – Será que podemos esperar o filme?
Livro: Eu – Ricky Martin
A dica de livro desse mês não é um best seller recente, ele foi lançado em 2010 e junto com ele trouxe bastante ❝ polêmica ❞ em torno das declarações do cantor Ricky Martin. No livro autobiográfico ❝ Eu: Ricky Martin ❞ o ex-integrante do grupo Menudo compartilha sua infância, as experiências que teve no grupo, a luta por sua identidade, carreira solo, sua busca espiritual, o nascimento de seus filhos Matteo e Valentino, e sobre sua sexualidade.
Quem leu o livro vai entender meu ponto de vista sobre, em alguns momentos até achei que estava lendo a mesma página por mais de uma vez. Muita coisa fica repetitiva, mudando apenas algumas palavras ou a colocação da mesma. Quando os capítulos são sobre sua busca espiritual fica algo maçante, quase uma pregação.
O bom do livro é que Ricky Martin se mostra totalmente humano, ele se desprende totalmente de todo o glamour e regalias que a fama lhe trouxe e se coloca com humildade e conta quase tudo sobre todas as suas relações, tanto com homens e mulheres. Até o seu apelido intimo, como é chamado pela família, ele compartilha: Kiki! (o nome do meu cobertor!) 😉
De qualquer forma, o livro não deixa de ser uma boa leitura. Não sou fã do cantor, conheço algumas de suas músicas e o mais importante é conhecer o lado humano e pai de uma mega estrela internacional, e ele foi super transparente e honesto nessa parte. Algumas frases marcantes do livro:
❝ Uma vez um amigo disse uma coisa que me ajudou muito: ‘Quando você estiver se sentindo preso e tudo parecer pesado, lute!’. Isso é muito verdadeiro. É preciso lutar. É preciso sentir. É preciso ir em frente. Quando não estou no meu melhor momento, emocionalmente falando, a última coisa que quero é que as pessoas saibam como estou me sentindo. ❞
❝ Infelizmente, o preconceito existe até hoje. A mídia muitas vezes caracteriza os homossexuais como pessoas unidimensionais, sem nenhuma profundidade, como se um ser humano pudesse ser reduzido à sua sexualidade. A própria linguagem utilizada no mundo todo para designar os homossexuais é terrivelmente degradante: palavras como ‘bicha’, ‘viado’, ‘sapatão’, ‘frutinha’ e outras servem apenas para perpetuar o ódio e a discriminação entre gerações mais jovens. ❞