Happy Halloween! Ou, Feliz Dia das Bruxas… rs. Acredito que esta todo mundo careca de saber que a festa de Halloween é comemoração tipicamente norte-americana e que vem ganhando espaço em nossa cultura graças às escolas de inglês e da mídia. Essa data costuma ser celebrada com festas à fantasia, fogueiras e crianças fantasiadas batendo de casa em casa, pedindo doces (a brincadeira do trick or treat – travessuras ou gostosuras). 🙂
A palavra Halloween vem do Hallowed, palavra do inglês antigo que significa “santo” e também de origem inglesa, que significa “noite” – daí o significado “Noite Santa” ou All Hallow’s Eve (Noite de Todos os Santos).
O dia 31 de outubro não foi uma escolha por acaso. No calendário celta, este dia marcava o clímax do festival Samhain, que celebrava a passagem do ano velho para o novo.
Para os druidas, 31 de outubro era a noite em que Samhain (Senhor da Morte) voltava com os espíritos dos mortos, que eram encontrados na forma de bruxas, fantasmas e duendes, e saíam para prejudicar as pessoas, que deviam agradá-los para serem deixadas em paz. Acendiam-se, então, enormes fogueiras para afugentar os espíritos maus e aplacar os poderes sobrenaturais que controlavam os processos da natureza.
A igreja católica celebrava originalmente o “Dia de Todos os Santos” no mês de maio e não no dia 1º de novembro como é feito atualmente. No ano 835, o Papa Gregorio III, tentando apaziguar a situação nos territórios pagãos recém-conquistados no noroeste da Europa, permitiu-lhes combinar o antigo ritual do “Dia de Samhain” ou “Vigília de Samhain” – semelhante ao que foi feito no Brasil com os deuses africanos e os santos da igreja no tempo da escravidão.
O nome da bruxa, grande protagonista do Dia das Bruxas, vem do saxão wica (mago), aquele que é possuidor de conhecimentos fora do comum. A capacidade de voar era adquirida por meio de um ungüento sagrado, que era passado na pele durante o pôr-do-sol de uma sexta-feira.
As cabeças de abóbora (Jack-o-Lanterns), feitas em forma de careta, vieram da lenda de um homem chamado Stingy Jack, a quem foi negada a entrada no céu, por sua maldade, e, no inferno, por pregar peças no diabo. Condenado a perambular pela terra como espírito até o dia do juízo final, Jack colocou uma brasa em um grande nabo oco, para lhe iluminar o caminho pela escuridão da noite. Este talismã (que virou abóbora) simboliza uma alma condenada.
Acreditava-se também que a lua cheia marcava a época de praticar certos rituais e as bruxas podiam transferir seus espíritos para gatos, sendo muitos mortos por causa disso.