Para nós publicitários tudo é motivo de analise, e para quem não sabe, a celebridade americana Kim Kardashian virou uma máquina de fazer dinheiro, e seu negócio está virando uma escola de marketing para muitos especialistas. Tenho certeza que muitos colegas da área vão virar o nariz com essa postagem, confesso, sou fã do Reality e de toda a família Kardashian (já fiz um post falando sobre, veja aqui!). Mas fui observando desde a primeira temporada como tudo foi crescendo e se tornando algo estratosférico, insano! 😛
Para muitos, Kim Kardashian pode ser vista como um produto artificial, como a boneca do Museu de Madame Tussauds. Para os 43,3 milhões de seguidores no Instagram e 34,5 milhões no Twitter ela é um ícone. Seu patrimônio passa de US$ 28 milhões, há algo que ela está fazendo muito bem. Mas o quê?
Seis lições desta inesperada guru do mercado para os publicitário:
1. Sua popularidade está sujeita a seus seguidores – Kim Kardashian atende os desejos de seus seguidores. Não é uma marca que se impõe, mas uma marca que se deixa levar pelos consumidores. Com isso, ela passou de celebridade a ícone da moda e da cultura moderna. O autor do livro Celebrity, Chris Rojek, identifica três tipos de popularidade das celebridades: a que herda, a que se alcança e a atribuída.
Sem dúvida, o caso de Kardashian é esse último: em uma sociedade consumista, as marcas se sobressaem pela validação (curtidas e retuítes) dos consumidores ao produto. Para a revista especializada Marketing, do Reino Unido, uma das chaves do êxito de Kardashian tem sido ouvir atentamente o que o público pede e atender os pedidos.
2. Conteúdos atraentes – A estratégia de Kim coordena várias plataformas: Instagram, Twitter e o blog. A consultora de marketing Perri Robinson analisa a estratégia de Kardashian do ponto de vista de conteúdo e a estratégia midiática e de redes.
“Normalmente ela combina artifícios publicitários para garantir sua presença nos meios. Por exemplo, seu plano de quebrar a internet posando nua (e de graça) para a revista Paper não foi uma forma de conseguir dinheiro, mas sim o reconhecimento dela como marca”, diz Robinson para a empresa de análise de meios Meltwater.com.
Para garantir o sucesso da estratégia, houve uma coordenação entre diferentes plataformas: primeiro foi postada uma imagem provocadora que não revelava muito no Instagram, que logo foi para o Twitter e que, no dia seguinte, foi compartilhada em seu blog.
Com isso, criou-se um ambiente propício para o momento em que a edição da revista foi publicada no site.
3. Pareça transparente – Talvez este seja o traço mais característico da Kardashian: compartilhar cada momento de sua vida, entregando ao público o “poder” de avaliar o que come ou veste.
De acordo com a Marketing, “ao compartilhar toda essa informação, da mesma forma que seu público faz (com selfies, por exemplo), pelos mesmos meios (Instagram e Twitter), com a mesma linguagem (usando hashtags populares para escrever suas mensagens), ela cria um vínculo emocional com seus fãs.”
Segundo o blog Aytm, a aliança com a Armani rendeu US$25 mil por apenas um tuíte. que à marca 40 mil visitantes em uma hora
4. Tenha sangue frio – Junto a uma massa de seguidores, também há um exército de detratores. Basta uma olhada no histórico para ver vários insultos, de acusações de que ela é um produto fabricado, exibicionista ou que leva uma vida leviana.
Kardashian não responde. Ela não reage negativamente; ao contrário, se mantém fiel a seus seguidores.
“Não insulte aqueles que te insultam“, diz Christopher Jones, da Universidade de Illinois. “Não discuta. Sua melhor aposta para evitar uma crise é pedir desculpas e seguir adiante ou não se envolver nem um pouco.“
5. Escolha seus parceiros – Há um jogo para iPhone que tem o nome dela e que, segundo a Marketing, gerou US$ 43 milhões em apenas três meses. Seu reality show no canal de entretenimento E! a colocou no centro do mundo do espetáculo e da moda. De produtos para emagrecer a vídeos para se manter em forma, ela conta com um amplo catálogo de marcas que permitiram que aumentasse o alcance de sua marca própria.
Está claro que um importante pilar de sustentação de seu império é saber selecionar marcas que agreguem valor a ela e às quais ela possa retribuir.
6. Ser egoísta pode não ser tão ruim – Muitas empresas temem mostrar ou exibir seus atrativos. Do ponto de vista de Kardashian, é preciso se sentir cômodo com quem você é. Ter um ego inflado implica precisamente em se sentir seguro com o que se tem. Afinal de contas, como diz Ayn Rand, na Fountainhead, “o primeiro direito da Terra é ter direito a ter ego“. Ou, de forma mais coloquial: se você tem, mostre.
Fonte: BBC Brasil – IFD Comunicação