Desapega, Desapega!

Ano passado comecei algumas mudanças em minha vida no intuito de encontrar um ponto de equilíbrio ou até mesmo de simplificar meu dia-a-dia. Na maioria dos dias estava impaciente e muitas vezes até intolerante com muitas pessoas, fiz até um post falando sobre isso (clique aqui).

Segui o conselho de algumas pessoas e fiz junto com alguns amigos uma ação solidária para ajudar crianças carentes, The Best Gift. Também tentei organizar uma ceia de Natal diferente com a minha grande família, mas de qualquer forma eu ainda sentia um peso, uma sensação que eu estava carregando coisas demais. Estava cansado na maioria das vezes e ainda continua irritado, mas não tanto quanto antes.

Comecei a fazer exercícios físicos e entrei em uma academia, e desde então estou desapega-desapegatentando me desapegar de muitas coisas que fui acumulando até sem querer. Separei um monte de CD’s que eu não ouvia mais e coloquei para vender em um grupo no Facebook, doei um monte de livros que ficavam em caixas só acumulando espaço. Fiz um pacote com mais de 250 DVD’s e vendi por um preço de banana para um único comprador.

Sabe aquelas caixas cheias de papeis com contas pagas, NFs de produtos, garantias, manuais, tickets de cinema, lembretes e tudo que vamos acumulando? Coloquei tudo em ordem e o que tinha mais de 5 anos e não interessava mais, joguei fora! Enfim, organizei TUDO! Desapeguei! Meu quarto ganhou outra cara, até o cheiro mudou! (meu quarto sempre foi perfumado, mas acumular coisas dá aquela sensação de coisa velha no ar)

Calma, não entrei em nenhum reality sobre ❝ Acumuladores ❞ e o que eu tinha não era nada fora do normal, mas o pouco acumulado para quem carrega demais é um peso morto.

Hoje, confesso que ainda não encontrei meu ponto de equilíbrio… Mas me sinto mais leve, meu astral mudou bastante e o mais importante de tudo, nesses momentos de desapego foram os momentos que sentei, analisei as coisas que eu tinha, os momentos que tive e por maior que o valor sentimental de algumas coisas que eu desapeguei fossem forte, a sensação de leveza, liberdade e até o prazer de ver outra pessoa feliz com algo que já lhe trouxe alegria é simplesmente maravilhosa. Faça o mesmo… Desapega, desapega! 🙂 rs

O Mundo da Futilidade

Estamos envoltos em um mundo de coisas indispensáveis, e por menos fúteis que achamos que somos, uma hora ou outra acabamos escorregando. Ninguém vive sem uma futilidade. Algumas vezes elas são “gritantes” e em outros momentos nem percebemos.

Na TV somos bombardeados por diversos realitys shows, alguns dos programas colocam as pessoas à viver uma vida desumana, outros deixam confinados um grupo de pessoas , e a maioria mostra o dia-a-dia de celebridades ou pessoas anônimas com suas familiares. Eu adoro realitys shows! Confesso que essa seja a minha futilidade preferida, mas tenho outras também. rs

Ja na internet, acredite se quiser… Compartilhar sua vida, seus afazeres, o que gosta, com quem você sai, tudo em redes sociais é uma futilidade do mundo moderno que nem percebemos que fazemos. Você pode dizer: Gosto de registrar o momento. Mas a partir do momento que você torna isso público, até mesmo para os seus amigos, você começa a ser assistido, comentado e algumas vezes até criticado, virando um ciclo fútil, de uma certa forma um reality.

Eu acho tudo válido! Só não sou a favor da futilidade que deixa a pessoa alienada. Exemplo: Eu preciso ter aquela bolsa de grife para poder me enquadrar em um nixo; Eu preciso de dois carros com placas diferentes por causa do rodízio; Eu adoro água S. Pellegrino (antes que falem de minha pessoa, eu tomo outras águas também).

As pessoas também têm que ter o discernimento entre futilidade e gostar de coisas que para algumas são indispensáveis. Muitas vezes uma pessoa gosta de vestir e comer/beber coisas melhores pois tem um poder aquisitivo maior ou um paladar refinado e isso não é motivo para elas serem taxadas como fúteis. Mas água não é água? Não é tudo igual? Pelo incrível que pareça, não!

Eu adoro o BBB (Big Brother Brasil), as lindas Kardashians, Kendra! Ah! Têm também Girls Of Playboy Mansion e Kimora. São programas que gosto de assistir no meu horário de lazer, só que não definem o meu caráter. Você nunca me viu em rede social discutindo quem vai ganhar o BBB e nem vai ver.

Se no vocabulário a palavra “Fútil” significa: falta de valor, sem importância, vulgar, banal, sem sentido, sem nexo, sem noção, vazio. O que iremos fazer com a globalização? Com a internet? Com o poder de ter tudo na palma da mão na hora que quiser e como quiser? Creio que hoje a palavra futilidade deveria entrar no patamar da palavra “gosto“. Cada um têm o seu. O que é fútil para mim, pode ser uma necessidade para você. #ThinkAbout