Livro: Will & Will – Um Nome, Um Destino

Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra… Will Grayson. Isso mesmo, dois jovens com o mesmo nome com vidas totalmente opostas que por uma ironia do destino, acabam se encontrando.

will-will-john-green-david-levithanNesse livro, John Green autor dos sucessos ❝ A Culpa é Das Estrelas ❞, ❝ O Teorema Katherine ❞ e ❝ Quem é você, Alasca? ❞ uniu forças com David Levithan, autor de ❝ Nick and Norah ❞ para contar a vida desses dois personagens intrigantes e cheios de dilemas. O personagem que transita em ambas as histórias/vidas e que faz a liga entre os dois Will Grayson, é o jovem Tiny Cooper, gay assumido e totalmente expansivo.

Mesmo sendo dois autores com dois personagens com o mesmo nome, a narrativa é clara. John deu vida ao Will Grayson tímido, desajeitado e sem habilidades sociais e que prefere ser ‘invisível‘ enquanto passa pelo colegial. O Will Grayson do Levithan, é um jovem homossexual que acaba de sair do armário, vive na maioria da vezes solitário, depressivo e que está descobrindo o primeiro amor.

Enquanto John Green escreve de forma sarcástica e cheia de melodramas, característico da sua escrita, Davi Levithan escreve como se estivéssemos em um chat do MSN ou Facebook, totalmente inspirada no mundo virtual. Tendo como base o tema gay, o livro desenvolve de forma natural outros temas: Depressão, amizade, família, paixões, anseios e dificuldades da adolescência.

Confesso que não foi uma das minhas melhores leituras, posso ter criado uma expectativa muito grande. Algumas situações não pareciam natural  e muito menos reais. Pelas resenhas que li, muitos estão ansiosos para que esse livro ganhe sua versão cinematográfica. Eu não acredito que isso possa acontecer, claro, se mudar totalmente o enredo e usar o livro como inspiração.

Algumas frases que gostei:

A carência nunca é uma boa base para um relacionamento. Tem de ser muito mais que isso.

Tenho a sensação de que minha vida está muito dispersa neste momento. Como se fosse um monte de pedacinhos de papel e alguém ligasse o ventilador. Mas falar com você me faz sentir como se o ventilador tivesse sido desligado por um tempo. Como se as coisas pudessem de fato fazer algum sentido. Você junta todos os meus pedacinhos, e sou muito grato por isso.

Quando as coisas se quebram, não é o ato de quebrar em si que impede que elas se refaçam. É porque um pedacinho se perde – as duas bordas que restam não se encaixam, mesmo que queiram. A forma inteira mudou.

A verdade pura e simples.
Raramente é pura e nunca simples de fato.
O que um garoto pode fazer quando mentira e verdade são ambas pecado?

Mas com amigos, não tem nada assim. Estar em um relacionamento, isso é algo que você escolhe. Ser amigo, isso é simplesmente algo que você é.